domingo, 9 de dezembro de 2012

De menino orfão a arcebispo


O Arcebispo Emérito de Saint Paul e Minneapolis (Estados Unidos), Dom Harry Flynn, expressou seu carinho pelos religiosos e religiosas e pelo trabalho que estes realizam no país, e recordou a grande importância que teve na sua vida a caridade com a que o trataram quando, em sua infância, ficou órfão.
Em um texto publicado no blog da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), titulado "Arcebispo Flynn: de órfão a Bispo", o Prelado expressou que tem "um carinho especial por todos os religiosos porque valorizo profundamente os sacrifícios que fazem para servir ao povo de Deus em nosso país".
Dom Flynn exortou a todos os fiéis a colaborar com a coleta anual para religiosos idosos que já não exercem o ministério, que se realizará nos dias 8 e 9 de dezembro em todo o país e se perguntou "onde estaria a Igreja nos Estados Unidos sem os religiosos?".
"Meu pai morreu quando eu tinha seis anos", recordou o Arcebispo Emérito. Poucos anos depois, enquanto "meus irmãos mais velhos estavam longe, no serviço militar, em setembro de 1945", faleceu sua mãe.
Dom Flynn recordou que "estava sozinho em casa com minha mãe viúva. No dia seguinte do Dia do Trabalho acordei para começar o meu oitavo ano na Escola St. Columba, em Schenectady, Nova Iorque. Essa manhã ainda está muito clara na minha memória. Encontrei a minha mãe morta".
"O que supostamente ia ser o dia que eu começaria o oitavo ano no colégio, foi o dia em que foram feitas todas as preparações para o funeral da minha mãe", assinalou.
O Prelado indicou que nunca esquecerá "a dolorosa experiência", mas recordou que ao voltar para a escola na segunda-feira seguinte, encontrou a uma "Irmã de São José, a irmã William Edmund. Seu nome de família era Mary Rose Eagan". 
"Ela me recebeu afetuosamente e me guiou durante o oitavo ano. Frequentemente me pergunto como teria feito sem seu cuidado atencioso", disse.
Dom Flynn assegurou que ela "estava e está em minha memória de gratidão até hoje". No ensino médio, o Prelado teve o apoio da diretora da escola, a Madre Maris Stella, que também exercia o cargo de superiora de um convento com 16 religiosas. Ela dedicou tempo e dedicação ajudando-o a estudar para obter um Diploma do New York State Regent. "Ela se destacava pela sua generosidade e penso nessa generosidade até hoje", indicou o Arcebispo Emérito. 
Dom Flynn assinalou que "observei a Igreja nos Estados Unidos. É uma Igreja saudável. Nossa Igreja tem 77 milhões de pessoas. Pensei inúmeras vezes em onde estaria a Igreja se não fossem as mulheres religiosas e os homens religiosos". O Prelado recordou o trabalho dos religiosos e religiosas que ensinam nas escolas em todo Estados Unidos e que fazem trabalho pastoral em hospitais e trabalhos de caridade. "Agora temos a oportunidade de ajuda-los em suas necessidades", assinalou e recordou que "eles trabalham por pequenos estipêndios e qualquer outro ingresso adicional é reaplicado nos ministérios da comunidade". "Como resultado, eles necessitam da nossa ajuda agora, necessitam muito. É minha esperança e minha oração que os católicos norte-americanos mostrem sua gratidão a estes valentes religiosos sendo generosos nesta grande coleta", concluiu.
Fonte: ACI Digital

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