terça-feira, 9 de setembro de 2014

Leitura Orante da Palavra - Escolha dos 12 Apóstolos

Lectio
(Leia, com calma e atenção, um pequeno trecho da Bíblia. Se for preciso, leia o texto várias vezes. Identifique as passagens mais importantes deste texto: o ambiente, os personagens, os diálogos, as imagens usadas, as acções. Relacione com outros textos bíblicos. É um momento para conhecer e reconhecer a Boa Notícia que este trecho nos traz!)

Escolha dos Doze Lc 6,12-16 (Mt 10,1-4;; 9,1; Jo 1,40-49; At 1,13) - Jesus subiu depois a um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar, com o poder de expulsar demónios.Estabeleceu estes doze: Simão, ao qual pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, isto é, filhos do trovão; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que o entregou.

Meditatio
(É o momento de descobrir os valores e a mensagem da Palavra de Deus. Saboreamos a Palavra de Deus.)
Este evangelho apresenta-nos o acolhimento e o chamamento dos doze Apóstolos. Jesus começou com dois aos quais juntou outros. Começamos por um chamamento que impele e convida a uma dupla missão. Jesus chama os que quer e eles seguem-n'O. Depois institui doze para que estejam com Ele, anunciem o Evangelho e expulsem demónios. Jesus tem uma dupla missão a entregar-lhes. Quer que com Ele formem a primeira comunidade de discípulos, por um lado, por outro quer rezar com eles e dar-lhes poder para expulsar demónios, anunciar a boa nova e lutarem contra o poder do mal que arruína. Marcos diz que Jesus subiu ao monte e estando ali chamou os discípulos, subir ao monte evoca sempre um encontro com Deus, um chamamento é sempre uma subida. O Evangelista S. Lucas diz que Jesus reza uma noite para saber aqueles que escolhe. Os doze são os novos rostos das doze Tribos de Israel. Esta comunidade modelo cresce junto a Jesus, durante a Sua vida pública, a partilha de vida faz com que a comunidade cresça e com ela também a missão. É neste contexto que aumenta o número de missionários. Jesus envia setenta e dois … Jesus está com a sua comunidade e envia-os. A comunidade dos chamados é missionária está inserida no meio do mundo e dá testemunho de uma forma radicalmente nova de viver o Evangelho. Deus faz história com cada um por isso os conhece pelo seu nome, tal como os doze apóstolos, cada um de nós é chamado por Deus pelo seu próprio nome.

Oratio
(Toda boa meditação proporciona naturalmente a oração. É um diálogo pessoal!)

Salmo 8
Ó SENHOR, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!
Adorarei a tua majestade, mais alta que os céus.
Da boca das crianças e dos pequeninos
fizeste uma fortaleza contra os teus inimigos,
para fazer calar os adversários rebeldes.

Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos,
a Lua e as estrelas que Tu criaste:
que é o homem para te lembrares dele,
o filho do homem para com ele te preocupares?
Quase fizeste dele um ser divino;
de glória e de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos,
tudo submeteste a seus pés:
rebanhos e gado, sem excepção,
e até mesmo os animais bravios;
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que percorre os caminhos do oceano.

Ó SENHOR, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!

Contemplatio
(É um momento que pertence a Deus e sua presença misteriosa, sim, mas sempre presença. É um momento no qual se permanece em silêncio diante de Deus.)

A esperança é expectativa de algo de positivo para o futuro, mas que deve ao mesmo tempo sustentar o nosso presente, marcado frequentemente por dissabores e insucessos. Onde está fundada a nossa esperança? Olhando a história do povo de Israel narrada no Antigo Testamento, vemos aparecer constantemente, mesmo nos momentos de maior dificuldade como o exílio, um elemento que os profetas de modo particular não cessam de recordar: a memória das promessas feitas por Deus aos Patriarcas; memória essa que requer a imitação do comportamento exemplar de Abraão, o qual– como sublinha o Apóstolo Paulo– «foi com uma esperança, para além do que se podia esperar, que ele acreditou e assim se tornou pai de muitos povos, conforme o que tinha sido dito: Assim será a tua descendência» (Rm 4,18). Então, uma verdade consoladora e instrutiva que emerge de toda a história da salvação é a fidelidade de Deus à aliança, com a qual Se comprometeu e que renovou sempre que o homem a rompeu pela infidelidade, pelo pecado, desde o tempo do dilúvio (cf. Gn 8,21-22) até ao êxodo e ao caminho no deserto (cf. Dt 9,7); fidelidade de Deus que foi até ao ponto de selar anova e eterna aliança com o homem por meio do sangue de seu Filho, morto e ressuscitado para a nossa salvação. Em todos os momentos, sobretudo nos mais difíceis, é sempre a fidelidade do Senhor– verdadeira força motriz da história da salvação–que faz vibrar os corações dos homens e mulheres e os confirma na esperança de chegar um dia à «Terra Prometida». O fundamento seguro de toda a esperança está aqui: Deus nunca nos deixa sozinhos e permanece fiel à palavra dada. Por este motivo, em toda a situação, seja ela feliz ou desfavorável, podemos manter uma esperança firme, rezando como salmista: «Só em Deus descansa a minha alma, d'Ele vem a minha esperança»(Sl62/61,6). Portanto ter esperança equivale a confiar no Deus fiel, que mantém as promessas da aliança. Por isso, a fé e a esperança estão intimamente unidas. A esperança «é, de facto, uma palavra central da fé bíblica, a ponto de, em várias passagens, ser possível intercambiar os termos “fé” e “esperança”. Assim, a Carta aos Hebreus liga estreitamente a “plenitude da fé” (10,22) com a “imutável profissão da esperança” (10,23). De igual modo, quando a Primeira Carta de Pedro exorta os cristãos a estarem sempre prontos a responder a propósito do logos – o sentido e a razão – da sua esperança (3,15), “esperança” equivale a “fé”» (Enc. Spe salvi, 2).
Papa Bento XVI

Ação
(Depois de um momento de silêncio propomos um meio de actualização da Palavra de Deus na vida.)


E se hoje o Senhor me chamar a subir com Ele ao monte?

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